Análise histórica e as diferenças entre administrador e empreendedor
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Análise histórica e as diferenças entre administrador e empreendedor
"A palavra empreendedor é de origem francesa, entrepreneur, tendo como significado “aquele que assume riscos e começa algo novo.”
O empreendedorismo teve início de modo muito grosseiro na Idade Média, com o gerenciamento de grandes projetos. Nessa época o empreendedor não assumia riscos, ele apenas utilizava disponibilidades dos mandatários para gerenciar os projetos.
As primeiras relações entre o empreendedorismo e o fato de assumir riscos ocorreram no século XVII, pois o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para a criação de algum produto ou serviço. Normalmente, os preços já eram prefixados e o lucro ou prejuízo financeiro eram exclusivos do empreendedor.
Com o início da industrialização, por meio da Revolução Industrial, a partir do século XVIII, finalmente o capitalista e o empreendedor foram diferenciados. Um exemplo disso é no caso de Thomas Edison, com suas pesquisas referentes à eletricidade e à química, que só foram possíveis tendo o auxílio dos investidores que financiaram seus experimentos.
No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram confundidos com os administradores, afinal eram analisados somente do ponto de vista econômico como aqueles que organizam a empresa, pagam os funcionários, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, estando sempre a serviço do capitalista. Essa “confusão” entre administrador e empreendedor perdura até hoje.
Há várias definições de autores diferentes para o termo empreendedorismo, talvez a mais antiga e que expresse melhor o espírito empreendedor seja a de Joseph Shumpeter, ao dizer que “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.” Para Shumpeter , o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria novos negócios, assumindo riscos calculados.
Em 1973, Kirzner inicia uma abordagem diferente, para ele o empreendedor cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva num ambiente de caos e turbulência. Já Dornelas diz que “[...] empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado.”
Para Stewart, o administrador é semelhante ao empreendedor, pois ambos compartilham de três características principais: demandas, restrições e alternativas. Mas Dornelas tem uma visão diferente, ao afirmar que “todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor.”
Henry Fayol (1841-1925) foi o criador/divulgador dos quatro princípios da arte de administrar, sendo eles: planejar, organizar, comandar e controlar. Sendo assim, podemos dizer que o administrador é orientado para o planejamento e controle, é mais centrado em como melhorar os processos, as análises e a qualidade da empresa. Já o empreendedor é visionário, diferenciado, apaixonado pelo que faz, possuindo uma motivação singular, não quer ser mais um na multidão, ao contrário, quer ser reconhecido e admirado. É por meio de uma ideia que o empreendedor inova."
Referências:
Artigo - "Empreendedor E Administrador: Diferenças, Similaridades E Dificuldades" (Claudio Raza)
Livro - "Empreendedorismo - Transformando ideias em negócios" (José Carlos Assis Dornelas)
O empreendedorismo teve início de modo muito grosseiro na Idade Média, com o gerenciamento de grandes projetos. Nessa época o empreendedor não assumia riscos, ele apenas utilizava disponibilidades dos mandatários para gerenciar os projetos.
As primeiras relações entre o empreendedorismo e o fato de assumir riscos ocorreram no século XVII, pois o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para a criação de algum produto ou serviço. Normalmente, os preços já eram prefixados e o lucro ou prejuízo financeiro eram exclusivos do empreendedor.
Com o início da industrialização, por meio da Revolução Industrial, a partir do século XVIII, finalmente o capitalista e o empreendedor foram diferenciados. Um exemplo disso é no caso de Thomas Edison, com suas pesquisas referentes à eletricidade e à química, que só foram possíveis tendo o auxílio dos investidores que financiaram seus experimentos.
No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram confundidos com os administradores, afinal eram analisados somente do ponto de vista econômico como aqueles que organizam a empresa, pagam os funcionários, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, estando sempre a serviço do capitalista. Essa “confusão” entre administrador e empreendedor perdura até hoje.
Há várias definições de autores diferentes para o termo empreendedorismo, talvez a mais antiga e que expresse melhor o espírito empreendedor seja a de Joseph Shumpeter, ao dizer que “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.” Para Shumpeter , o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria novos negócios, assumindo riscos calculados.
Em 1973, Kirzner inicia uma abordagem diferente, para ele o empreendedor cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva num ambiente de caos e turbulência. Já Dornelas diz que “[...] empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado.”
Para Stewart, o administrador é semelhante ao empreendedor, pois ambos compartilham de três características principais: demandas, restrições e alternativas. Mas Dornelas tem uma visão diferente, ao afirmar que “todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor.”
Henry Fayol (1841-1925) foi o criador/divulgador dos quatro princípios da arte de administrar, sendo eles: planejar, organizar, comandar e controlar. Sendo assim, podemos dizer que o administrador é orientado para o planejamento e controle, é mais centrado em como melhorar os processos, as análises e a qualidade da empresa. Já o empreendedor é visionário, diferenciado, apaixonado pelo que faz, possuindo uma motivação singular, não quer ser mais um na multidão, ao contrário, quer ser reconhecido e admirado. É por meio de uma ideia que o empreendedor inova."
Referências:
Artigo - "Empreendedor E Administrador: Diferenças, Similaridades E Dificuldades" (Claudio Raza)
Livro - "Empreendedorismo - Transformando ideias em negócios" (José Carlos Assis Dornelas)
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